sábado, 17 de abril de 2010

Observando










Observando o cotidiano que está sempre indo embora...
É possível perceber os fragmentos idos nas ampulhetas ou clepsidras do Infinito senhor dos tempos...
Caminhando por entre estradas que já estavam ali antes de cada eu vestido por uma vida de nome diferente...
Acumulam-se as emoções disformes e multicores que os olhos sentem e os 'corações emocionais' não sentem.
Observando os semelhantes em seus enredos, sonhos e medos, acordando precavidos, incautos, argutos e nem um pouco inocentes diante do que cada 'outro' precisa ou pretende.
Controem-se as barreiras de rostos belos e amigáveis en quanto você está presente.
Observando o cotidiano que está sempre indo embora...
A vida é estranha estúpida, dualizada entre os heróis Divinos das histórias religiosas e tudo aquilo que convenientemente não se precisa saber, especialidades dos tantos Diabos e Demônios que só fazem cada um de si mesmos se perder(...)
Porque de certo, ninguém visita com a mesma força e lembrança aquilo que foi 'enterrado' ha mais de um ano atrás.
E tudo aquilo que valeu, agora já é ontem no fim desta digitação e apensa no passado 'jaz'.
Observando o cotidiano que está sempre indo embora...
Não é mais 'espantoso' perceber o quanto um sorriso apunhala as desprotegidas costas de cada um, dia a dia quando algum interesse alehio está em jogo...
Humanos se contam como inimigos  se acotovelam diante da fonte de ouro perecível que jorra o quinhão mensal de cada título nas discretas contas bancárias espalhadas ao logo da labuta sempre sacrificante e incomum...
Observando o cotidiano que está sempre indo embora...
É possível fazer uma necrópsia metafísica e perceber o quanto a 'alma humana' se estragou se perdeu e francamente se vendeu ao nada que ostenta uma vaidade que só chora a beira de cada caixão familiar nunca acreditando que isso poderia acontecer consigo próprio...
Se pode dizer-se anonimo, não muito exato, virtuoso, feliz ou infeliz...
Afirme-se constante e eterno aprendiz, caminhando por entre cruzes e berços, e  deixando de estar alegre ou triste, deixando a manutenção de sorrisos e lágrimas, conserve-se tranquilo no caminho dos próprios passos, calmos mas nunca cansados de se sucederem, apenas vislumbrando a estrada que é impar...
E quando se pensa em companhia, não existe melhor do que aquela que responde pelo sol que dorme e acorda no horizonte de cada dia da vida, matando o tempo deste lado do objeto sem graça chamado terra onde um tal Jesus passou antecedidopor tantos outros...
E mesmo assim nada mudou além do que se deteriorou.
Observando o cotidiano que está sempre indo embora...
Porque muitas histórias e estórias se contam, e na verdade nada se viu e hoje em dia nada mais se vê e amanhã nada mais se sentirá...
É melhor fechar o livro e calar.