quinta-feira, 1 de julho de 2010

PRAWNKUS













O que escrevo, pode não ser  muito belo ou muito poético...
Pode não estar carregado de semântica ou do impressionismo contemporâneo que abraça a vaidosa estilística dos que são 'muitos sensíveis e muito cultos'
O que escrevo é como um parto, que parece ser algo 'comum'...
Mas é doído como tal ...
encerrando a dor deste mundo, que com certeza ficará nele mesmo...
Mesmo depois que  este 'eu' deixe de 'estar' deste lado da 'vida'...(...)


                                                           *  *  *

O que se pode ver todos os dias, o que sente todos os dias...
Muita coisa que só se registra, muita coisa que só se sucede e sempre se repete
Em endereços diferentes, em dias diferentes, trazendo lágrimas iguais, lágrimas que gritam 
por aquilo que o vivo não entende quando morre, quando o deixa, quando lhe é tirado  por tantas vertentes de ímpia frieza...
Curioso é ver por entre as plagas que alcançam tantos dos urbanos passos, o espremer desesperado entre os ébrios e os milhares de 'messias' pastoreando seus 'rebanhos'...
Lutando sempre contra a história ou estória  (como queira) dos 'códigos e livros santos'

Atribuindo então todas as desditas e tristes atitudes ao obscuro lado que não é oriundo do Creador, pois é seu eterno 'opoente'...

Mas se tudo provem deste tal  'Creador'... Porque perderia Ele, tempo em manifestar um antagonismo tão forte e tão influente ao ponto de condenar integralmente hostes de inúmeros planetas tal qual este que se chama de terra...
Mas que é composto de setenta por cento de água...(...)
Porque 'Ele faria isso, fastio, mórbida diversão, prazer sádico, teste psicológico?
Não há uma resposta concreta...
Porque a lógica isenta de egos diz no seu silêncio eterno que jamais existirá a limitação ou a humanização da Causa, seja por que efeito for...
E que diante disso todos os enredos e teatros 'humanos' terminam seus dias nos cortejos que conduzem cada um e voltam sem ele de forma 'definitiva'...

De certo seja por isso que a sensibilidade se sente bem quando passeia por entre muitas sepulturas sempre se detendo em uma qualquer mesmo que simples...
percebendo que ela já foi de si próprio em algum ontem maior do que muitos punhados de 365 dias... 
Isso traz uma felicidade solitária porque se sabe que falta pouco para que este ciclo deixe de se repetir...

                                                                 
                                                                   *  *  *


Assim sendo, do alto de uma montanha  que se encarva mar a dentro onde se pode contemplar o espelho calmo de um mar avermelhado pelo sol que se dorme no horizonte nunca igual para o olho sensível, embalado por uma canção que esfria o sangue e faz chorar a alma de tanta saudade daquilo que ainda não lhe chegou  e está tão perto que nunca pode ser tocado com sua própria mão...
Este par de olhos que emudeceu a voz para qualquer discurso.

Percebe o que se extingue pelas próprias mãos, ações e vontades, pelos modos mais tristes e injustificáveis para quem pleiteia ser filho de 'Deus'...
Onde por gostos e  vontades estranhas não se medem esforços por uma satisfação egoísta e sempre insatisfeita com o que se consegue...

Não se precisa estender muito mais além do dito de que só resta uma vontade imensa infinita quase de se voltar para casa...

Para se livrar ou deixar de ser e estar nisso tudo que nuca valeu à pena...


                                                              *  *  *

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