quinta-feira, 16 de junho de 2011

Noite...








A noite da vida...
A noite da dúvida...
A noite do medo, da dívida, do cansaço, do comodismo...
A noite que contempla o silêncio de cada um refletido no prateado luar pleno de outono...

A noite onde após a esmola de fitos momentâneos, mostram-se silenciosos cansados entristecidos e envergonhados os  tantos próprios pedidos ao destino...

Mas assim mesmo, O caminho e os Mestres ensinam que esse 'sopro' no colo da Eternidade  que se chama de vida... Não é ruim não é Injusto...

Quem 'existe' aqui, 'estará' sempre lá, mas tem de aprender a conviver com o limite, e ter a coragem de deixar o medo ir embora para não se proteger da vergonha de si mesmo pelo 'descanso' proposital da baixa estima...

E a filosofia dos solitários pensamentos que proporciona o manifesto metafísico de tantas 'criações e enredos Divinizados', que vez por outra surpreende o cotidiano não tão sensível de si mesmo, continua sendo mostrando como um 'hábil escape'

E de certo, que mesmo não se entendendo, por onde possam estar 'serpenteando' essas palavras...

Quem sempre as 'pronuncia apenas pelo próprio olhar, sabe o quanto é difícil acreditar no que se sente quando se percebe no espelho de outros olhos do mundo...

Os quais chamam a atenção,os quais são intrigantes, os quais são pela auto imposição de uma triste e tola barreira.
Apenas olhos sem nome, de desconhecidos destinos, apenas olhos passantes...

E a ampulheta não atribuída de sentires alegres ou tristes, devora as horas de cada um, de todos , e em meio a este extenso e estranho jogo, a vitória que se poderia ter, dorme junto com a derrota que nunca se deseja conhecer, na curva da estrada chamada de destino sem nome de um rumo que não é par, que  não concorre para o mesmo 'lar'
Que não converge para o toque ou ainda apenas para o simples mero e despretensioso 'parlar'... 

Enfins...  


A noite da vida...
A noite da dúvida...
A noite do medo, da dívida, do cansaço, do comodismo...
A noite que contempla o silêncio de cada um refletido no prateado luar pleno de outono...

A noite onde após a esmola de fitos momentâneos, mostram-se silenciosos cansados entristecidos e envergonhados os pedidos ao destino...

Por uma estima ferida mesmo sem causa presente, mas que não se liberta para a cura insistente...
Percebe o 'próprio coração' desejoso,como arredio, como doente
Porque mesmo mudo, mesmo cego
Ainda sente ainda espera
Mas não se consente...

Hora de ir...
Hora de outro escrito... 
Hora de virar a ampulheta novamente...

E imaginar o se que teme, e o que se quer.
A contemplação do desejo da emoção que não se faça apenas um sentido vazio e tão frio como apenas a cor de uma ilusão.
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O que mais...




Um caminho longo...Um caminho cansativo, um caminho inexorável, entre indas e vindas de tantos evos...Quando se tem a sensibilidade, pode-se perceber que quando se aprende a ir aos primeiros enterros, com um pouco de calma cada um pode-se reconhecer-se 'noutras vidas, noutros nomes' tantos ali sepultados...

E o cansaço contemporâneo faz nascer uma tristeza sem nome ou explicação ao que é comum.
Porque somente sozinho se compreende o que está nos outros pares de olhos...
É estranho sentir alguma coisa  sem poder expressar, é anônimo o exercício deste desfrutar.
É patética a tentativa de compartilhar, pela resposta que se recebe sempre...
Num mundo veloz, atroz, algoz de tudo de todos e de si mesmo em cada minuto que se repete sempre só mudando a ceifa de vidas para o outro lado...

Não se sabe não se define não se decifra ...
Pede-se algo no silêncio do sonho acordado, percebe-se mais ainda com menos coisas nas palmas da mão...

então quando se sente soberano do próprio viver e contempla a cor de uma 'verdade pálida em cada um ao redor...
Sente-se soberano mas não pode confrontar-se contra a caudalosa correnteza de lixo cotidiano que despeja-se impiedosa indiferente e convenientemente em cada 'cérebro' estranho ou 'inocente'.

Talvez os relógios daqui se mais rápidos fossem seria melhor para continuar o caminho, mas...
O mais  difícil... é perceber que as mãos não estão mais estendidas, que o sol que doira a montanha e o mar ao longe, não tem mais sonhos para ser adornado como parte de uma história feliz.... compartilhada com uma coisa chamada não amor, por que esse pequenino orbe insolente nunca o conheceu...
Mas algo simples como uma idoneidade reciproca além do 'oleoso' conluio carnal'...

Afinal alguma coisa tem nome, alguma coisa descansa o coração cansado da mesma estrada de sempre....
Sentir-se imortal Sem Deuses, Diabos, religiões, amarras, famílias, perguntas, medos, esperas, lágrimas ou sorrisos...

Só o que dói sempre é lembrar  a despedida do que dorme no canto da mente, e que um dia trouxe muitos sorrisos e hoje...
Mareja os olhos cansados porque nem isso que tanto se quer, algo mais pode deixar que se estenda a mão e possa se receber um simplório presente...

Sofrerá menos todo aquele que voltar para casa sem pedir e sem se perder do que se é e não se 'está'... Diante de toda essa sórdida balbúrdia chamada vida...