segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pedaços

Não existem poetas e pensadores...
percebe-se ao longo do tempo, intensos aflitos e intensamente sensíveis manifestados 'escrevedores', de muitos sorrisos, sonhos, dores, lágrimas, histórias, estórias, idas e vindas...

Mas o único Poeta e Pensador...
Chama-se por muitos nomes, sendo sempre o mesmo para todas as eternidades...

O único Poeta e Pensador...
Jamais proferiu uma sílaba, ou se quer empunhou simplório 'cotoco' de lápis para rabiscar as viagens de sua infinita sabedoria...

O  único Poeta e Pensador...
Creou, Gerou e perpetuou toda sua obra no infinito Manifesto de vida e matéria de todas as eternidades...
Deixando apenas que sua energia se transmutasse ao longo de todo o tempo infinito...

E ainda assim algumas pequenas partes de sua obra, tendem pelo sentir de uma independência estranhamente soberba a tornar indiferente a atenção que tal merece...

Tornando-se estúpido algoz de si mesmo, em cada roupagem, em cada escolha, em cada grupo hierarquizado combatendo sempre o mais combalido fraco e minoritário...

Com o objetivo de se chegar mais perto de 'Deus'  mas comportando-se como o 'Diabo' que tais mesmos geraram para justificar os prórpios erros que não parte de suas 'virtudes'...

Mundo estranho, belo cenário habitado por um 'ego parasitismo' que a história de menos da metade de um nada já conta com muita tristeza do que se habita o banho de sangue tão idoso quanto a idade da própria terra que sepulta os sonhos dos inocentes natimortos...






Saída...


Aonde está a saída...


Desde que deixadas as entranhas maternas, só existem duas coisas...
A partida e a pergunta...


Sempre iguais em todas as idades, aprendendo com o tempo que passa cada vez mais se percebe o quanto se é sozinho mesmo envolto em 'milhares de multidões'.
O estranho rosário de brilhos intensos cortejando o petitório das mesmas e coletivas ilusões, cada eu sempre diz queria, uma e outra coisa e o mais espantoso disso tudo é que de onde se postam alguns pares de olhos atentos  num silêncio necessariamente anônimo, pode-se perceber que inexistem entre tantos, as mãos vazias...
E ao mesmo tempo se recusam a doação, a troca, a espera ao estender-sem para outro qualquer caído no chão, ainda estão insatisfeitos pois não se concebeu a 'ideal realização'.
Cansaço, espera, pés doídos estrada longa que não se mostra no seu verdadeiro começo...
Persistente feixe de idas e vindas neste estranho labirinto de alquimias metafísicas da  Lei Absoluta devorando as horas temerosas de si mesmas por não se saberem onde começam ou terminam, apanhadas de surpresa entre sorrisos ou lágrimas, apenas se entre olham sem nunca se tocarem, partidas e chegadas.
O peso que se tem é que diz como é subir ou descer a escala que se cria na mente limitada...
A liberdade só se sentirá quando de todas as escolhas mostrar-se isento.
Só assim o mesmo sol e o mesmo vento que se manifestam, será o mesmo que alguém enxerga e o outro sente...