Um instante...
Inesperado, inusitado, em tempo algum planejado...
Apenas acontecido, sem cerimonia desenvolvido ao longo do tempo que se mensura devorando segundo a segundo o lado não metafísico desta vida, que sempre está de partida.
Alguma coisa sentida guardada, outrora ansiada querida, agora está adormecida, ida ao tempo que foi sempre ontem e se teima ao chamado de futuro, não se compreende, somente se deseja, por isso o sofrimento, por isso lágrimas lavam a alma como fios de fogo queimando as entranhas numa dor mental aguda, que emudece a voz e cega a vista para sempre.
Porque se é consciente que a realidade que não tem parceria, amizade ou comprometimento com a vida, que se desenvolve para cada história que nasceu gritando a primeira sensação do tapa e em pouco tempo vai embora clamando a negação contra a 'eterna ausência'.
Segredos silenciam a alegria real e os olhos cansados miram o horizonte que sempre quer a 'porta de saída', a libertação da dança colorida das ilusões dos mil nadas...
O 'Eu' de cada um não se entende não se compreende, não se aceita e de si próprio é carente, espelhando em vontades fantasiosas a realização do que não é possível ou de 'bom senso' para a lógica do absoluto...
E se perdem na revolta contra a porção do Absoluto em si mesmos.
Assim é difícil e estranhamente duro perceber o quanto se sente sozinho julgando-se pronto para o que dizem Amor.
Amor pelo outro para 'ter' o outro, sem se ter sem se conhecer e sem se sentir.
Assim a negação é constatada é como o aviso para o aprendizado do desapego, para a imposição da marcha dos pés na infinita estrada, afinal esta é a única certeza evidente e nunca modificada.
Uma pergunta cruel que mora em todas as faces 'sem nomes' e sem histórias próximas umas das outras pela evidente lacuna das geografias físicas.
Uma conclusão tardia mas consciente que transforma o intenso triste, em tranquilidade longe dos extremos eufóricos ou melancólicos.
Vivendo em meio a tantos impulsos não calculados, desejando apenas que tudo isso esteja terminado.
Pares de mãos vazias com temor e vergonha de saberem-se mutuamente tocadas, espalham-se escondendo o próprio coração do outro, por vergonha do que não sabem fazer, o aprender do sentir e do ser.
Pares de olhos percebem-se sempre fugidios, cobradores e especulativos fitando apenas a estética externa dos 'adornos carnais consumíveis' desfilando de formas e cores gritantes em meio as plagas tantas de nossas cidades em tão pouca idade...
Esquecendo-se que o que se tem é muito mais íntimo e está com muito medo de se expor em simplicidade.
Muitos acalam, muitos esperam muitos iluminam-se, alguns vão embora, outros vivem, outros ainda existem, e por final raros resistem.
Oi meu querido!
ResponderExcluirGostei muito do que li e parece que em elgumas linhas também representam saudades de mim.
Quando se lê, cada qual interpreta tal linguagem a sua própria compreensão e é o que eu senti e fiquei feliz!
Mas...
VOLTEI!
Bjs!
Maura