A solidão só é verdadeira quando todos constatam que suas palavras, olhares, toques e esperanças
'nunca' deixam de ser percebidos.
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A verdadeira liberdade e o pleno desapego reside na isenção das preocupações por atos incompletos, desejos não realizados, palavras não ditas, ações não consumadas.
Extensas aflições humanas, que se desvaneçam, pois o amanhã é um segundo passado e inexiste futuro ou presente porque tudo que já foi até aqui visto e até aqui lido, também já está no ontem, definitivo intocável, e irreversível.
Vida alcunhada ilusoriamente de longa, teu nome é eternidade.
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O que é de cada um não está aqui, pois se chega sem nada e sem nada parte, sozinhos.
Por isso desprender-se do incompleto é o melhor senso, pois aquilo que está pronto também amanhã deixará de ser preciso.
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Só a mente transcende o medo da dor e a tristeza da lágrima, pois sonha acordada com a realidade do interminável sem ser, sem porvir, apenas ' o É' sem existir.
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Voltar para casa, deixar este lado, levar apenas o que lhe foi empréstimo e conservar o que adquiriu para o indestrutível patrimônio da alma deixada de ser errante e doravante libertada e caminhante.
Um suspiro leve, um leve sorriso um 'até logo' e um reconfortante abraço numa firme certeza
de um extenso reencontro.
O que dorme não pertence, o que acorda é eterno, o que se aprende é fraterno amplo.
Lágrimas molham, as faces embaladas em sons de canções que traduzem sonhos humanos não tidos.
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Mas assim mesmo nenhum dos lampejos simples e sinceros por mais que assim sejam, não estão perdidos.
Alguns nomes, algumas despedidas, lembranças, amizades, momentos, uma torrente emocional avassaladora que atira-se como frondosa cachoeira dentro do 'quinhão' significativo de alguns anos de vida humanos.
O que é próprio, tudo e nada, algo novo ido lá atrás, agora é jovem novamente.
Estar em casa inexiste emoção melhor do que esta que se sente...
Quando não iludido, iniciante aprendiz desperto, liberto, consciente.
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