domingo, 22 de novembro de 2009

'Inesperado' Momento.










A cama desarrumada, o celular com chamadas por responder...

Os emails não lidos e não respondidos, o café da manhã mal balanceado e engolido às pressas ainda está embolado na garganta...
A hora apertada, o trânsito caótico, o trem o metrô superlotados e com problemas de tráfego...
O calor insuportável, o pensamento tergiversa entre as opções do over ou dos fundos de pensão e as aplicações de médio prazo.
A expectativa de fechar um negócio, depende do ardil aplicado no momento certo o qual impressionará as lideranças da grande empresa e efetivará a transação.

A ansiedade é grande...
nada anda, tudo está quente e sem ar, um som coletivo entoado por todo canto, chama-se o grito da cidade de aço e concreto, cortando o verde com esquadrias de alumínio e vidros espelhados refletindo o mar de rostos cansados em busca dos elevadores comuns.
Os olhos são vítreos e passeiam pela extensão do labirinto que escoa a vida humana, com o tom da mesma história, agir para ganhar...
A mente voa em direção 'a esmola de tempo' que se chama final de semana emendado com feriado.
O desejo de uma viagem para algum 'édem', escolhido aleatoriamente num folheto da agência de turismo ao lado do serviço...
Os passos são velozes e misturados entre si, buscando os destinos diários e rotineiros dos ofícios sacros ou comuns
Inusitadamente a borracha de pneus caros faz o asfalto gritar...
Alguém é atingido e projetado ao chão, a cabeça aberta, gritos correria olhos virados em direções opostas...
O sangue mancha a via e escorre para o ralo misturando-se aos lixos comuns de todo dia.
Uma vida se foi, perplexidade, indiferença, mas não se detém muito, pois o relógio continua devorando os minutos perto da pontualidade...
Um telefonema não atendido, um beijo não dado, uma palavra fria jogada sem pensar, um sorriso negado, uma repulsa para a súplica solicitada...
As tantas coisas por fazer por querer e por ter...
Uma porta fechada... um olhar perdido...
enfim se chega, e se inicia o ritual metódico, tarefas programadas repetitivas, exaustivas, cansativas e com expectavitvas não próprias, que somente deixam felizes outros indivíduos.
Aos que as executam, apenas a obrigação e a vontade de conseguir, de competir, de ser mais de ser melhor, de ter mais de ser admirado, e no silencio do céu interior, alguém sem nome e sem rosto, impressiona pelos olhos fitados em cinco segundos, parecendo ter visto toda a eternidade de ontem e hoje a dentro neste mero e fugaz momento.
Assim inquieto percebe-se que...
A pergunta quando se volta para casa, aconteceu mais um dia, para quem, para que ou para onde...
Quem está dormindo, quem está acordado.
E quando se descobre os fins dos grãos da ampulheta virada,
após cruzar o grande portão, perceberá o que vale a pena, o que deve ser deixado, o que é posse ou apego desesperado.
Aonde está Deus o Absoluto...
Lá longe ou aqui dentro do peito, trazendo-te sempre amparado, mesmo que não se perceba, mesmo que não se entenda...
revejam-se e de novo indaguem-se, quem está dormindo.
E quem está acordado...


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