domingo, 15 de novembro de 2009

Pedaços...


Andando por entre velhas sepulturas em alguns dentre tantos enterros urbanos, com a sensibilidade apurada, poderão ser revistos alguns 'anteriores momentos' de si mesmo.

É estranho, muda o olhar, a forma de respirar, a forma de sentir, e a vontade de viver com calma se manifesta para que isso não se repita tanto...

Porque cansa a casa vazia da presença real e distante do coração, enquanto ciclicamente são alimentadas as ilusões que não se desenvolvem muito bem depois de setenta ou oitenta anos...

Em quantas situações alguém que terá os pés e a mente além desta elementar tridimensionalidade poderá dizer ido e vindo tantas vezes?...

Ao invés de dizer 'não' perante ao cíclico repetitivo, que se diga, 'deixe de'
Que se cortem os laços, que sequem as lágrimas, que sejam extintos os medos

Que não se receie acordar em outro lugar desconhecido, surpreendente e bem distante do que se julga o 'próprio lar'.

Que o todo o sentido seja imperecível como é o dito de certeza que é infinitamente mais forte do que a fé ainda exitante na espera aloredentora.,

Que esta certeza traga alento e seja isenta a balburdia do discurso desesperado de último momento e que se possa 'partir' ou 'voltar' para casa, tranquilo carregando em mente e alma a dentro o que se fez o que se aprendeu, o que trouxe a lágrima ou o sorriso ou ainda o sentido daquilo que se arrependeu.

Que se possa entender tudo aquilo que no caminho adquiriu-se, e que não se censure, não se julgue, não desforre, pois a espera os medos e as dúvidas são curtos momentos, mas a transição para a convicção é eterna e não tem validade maior do que senti-la como o leque das canções que sempre emocionam a alma no projetar deste 'último' vôo, individual mas nunca solitário... 

 





                                                                     




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