domingo, 15 de novembro de 2009

Pedaços II














Em um coração cansado repousa a ansiedade pelo final da busca...
Os olhos vítreos, projetados ao horizonte vermelho pelo sol que dorme em um dia pleno de perguntas iguais,
percebem crepitantes brilhos dourados num espelho d'água de um mar calmo...
A mente se projeta como gaivota gaivota languida, deslizando no espelho do céu em busca de um edem pessoal.
Completando a pintura inigualável do Absoluto...
As lembrnaças estão molhadas de lágrimas, alguns enredos tentaram a construção de um castelo intocável, mas a idade do ser que já deixou muitos corpos aos derradeiros cortejos urbanos, ensinou que a previsibilidade é apenas a simpatia do comum.
O presente não existe. E o futuro acabou de virar passado assim como a leitura das palavras que foram antes.
então como sempre, percebe-se em meio de certa melancolia, que tudo está no 'ontem'...
E só isso ensina e conduz a calma para as mentes atentas, pois não se tornam reais as cores dos sorrisos, o gosto dos olhares e a fragrancia das palavras. Porque só são percebidos os discursos de lamentações e amarras mentais pela falta de coragem de se cortarem so vínculos com a dor.
Assim o caminho agora, extinguiu a palavra que indica a negação e passou a inspirar o estado de deixar-se de...
Jamais por uma independência soberba, mas consciente de que uma outra certeza vale muito mais do que um punhado de tentativas com vários nomes, chamada vida.
O amanhã metafísico, diferente deste comum, é muito melhor do que a promessa de uma eternidade acordada somente pela satisfação de um momento belo e até festejado, mas em real apenas fugaz...
O caminho está sendo trilhado e um sorriso solitário sem muito alárdio constrói a convicção de que nada foi perdido, acabado ou errado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário